MIGALHA DE AFETO
Por que as pessoas se apaixonam
E sofrem...
Comem o pão que o diabo amassou com o rabo
Como se fosse pão ázimo
São fracos... mas se fazem de fortes
Querem ouvir dia a dia dos tais lábios
Te quero...
E dia após dia são tirados do podium
E mesmo sendo colocados de lado
Não se importam... rezam
Por que as pessoas se apaixonam
E se entregam...
Passam noites a fio sonhando o etéreo
Espreitando um resto sequer de atenção
O orgulho partido... não negam
Ficam à espreita da mísera migalha de afeto
E choram...
Como humildes pedintes, não pedem, imploram
E não recebendo o que querem, por certo
Se tornam algozes... e esperam.