Nossos momentos
Assim que te descobri não encontrava mais em mim
nenhum pedaço sem fim que não fosse parte de ti
e de um mal então sofri, tão bom que vivi e nele me perdi
para encontrar o que já estava em mim e assim me completar...
Até tentei fugir me escondendo na sombra do medo,
perdi a coragem encontrando a necessidade de
aprender a tocar os espinhos e enganar a saudade.
Quantas vezes dormir debruçado nas lembranças,
no calor de um sorriso que me deixava encontrar o silêncio
do escudo que você se blindou para não ser ferida...
Te pedi por um segundo que fosse meu mundo,
o mais profundo sentimento guardado,
em folhas de lágrimas escritas a cada despedida,
perdidas no tempo dos nossos olhares trocados.
E agora o que fazer se já está na hora de partir sozinho,
feito redemoinho que devasta o coração,
de quem se queria tanto, mas tanto, um pouco de atenção?
E vai embora levando um pouco do outro que agora chora,
um mar de angustia que vela a alma, a mesma que tanto implora, que leve também um pouco dela feito tristeza que aflora, da falta que atormenta, que machuca e não se contenta.
Tão leve como perfume que fica grudado no corpo para lembrar que não se foi por inteiro e que nada pode esperar,
de alguém que se vai, mas, se deixa em pensamento,
esperando que o tempo um dia faça voltar...