Nossos momentos

Assim que te descobri não encontrava mais em mim

nenhum pedaço sem fim que não fosse parte de ti

e de um mal então sofri, tão bom que vivi e nele me perdi

para encontrar o que já estava em mim e assim me completar...

Até tentei fugir me escondendo na sombra do medo,

perdi a coragem encontrando a necessidade de

aprender a tocar os espinhos e enganar a saudade.

Quantas vezes dormir debruçado nas lembranças,

no calor de um sorriso que me deixava encontrar o silêncio

do escudo que você se blindou para não ser ferida...

Te pedi por um segundo que fosse meu mundo,

o mais profundo sentimento guardado,

em folhas de lágrimas escritas a cada despedida,

perdidas no tempo dos nossos olhares trocados.

E agora o que fazer se já está na hora de partir sozinho,

feito redemoinho que devasta o coração,

de quem se queria tanto, mas tanto, um pouco de atenção?

E vai embora levando um pouco do outro que agora chora,

um mar de angustia que vela a alma, a mesma que tanto implora, que leve também um pouco dela feito tristeza que aflora, da falta que atormenta, que machuca e não se contenta.

Tão leve como perfume que fica grudado no corpo para lembrar que não se foi por inteiro e que nada pode esperar,

de alguém que se vai, mas, se deixa em pensamento,

esperando que o tempo um dia faça voltar...

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 24/03/2013
Reeditado em 19/09/2018
Código do texto: T4205713
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.