Do Crepúsculo amor
Do raio de sol quase adormecido
Ergueu-se doce e imponente o luar...
Pela península já soam os sinos
Replicam em paixão, hora da prece,
Da mulher em seda anoitecida,
Pele fragrância terra citara!
Nos cristais o colorido do vinho
Dita a nostalgia em ébrios, canduras vil,
Ao cantar do pássaro de fogo, ecos
Alma tua entontece, inebria a canção!
Gira mundo...
Gira girassol!
Declamou em silêncio
O valsar esvoaçante do corpo delicado
Pelo piano surgindo das águas,
Do outono já como estação para o amor!
Lamenta universo...
Lamenta lábio gentil!
Murmurou a brisa
Entre os tecidos sobre os poros,
Sem indagar ou julgar, apenas literatura
Do seio nu, do peito desnudo,
Sentimento em cores e botões, intuição!
Versar coração,
Versar verso veludo mar!
23/03/2013
Porto Alegre - RS