AMÁLGAMA
Quero dizer-te dos beijos
que depositei em tuas mãos,
coloca-os onde a ti aprazem
e sente-os profundamente,
do meu fardo aliviado.
Espalmadas em meu rosto
e tão quentes de meus beijos,
são tuas mãos sós a certeza
de que existo onisciente
e que elas abstraem de mim
o teu absoluto concreto.
Nelas há o elo da aliança,
amálgama unindo-nos
o inelutável destino,
em que aponho oração e amores
no evidente apogeu, ontem,
igual agora e eternamente.