Não sei...

Não sei...

A noite escura assombrada de relâmpagos sonha

chove e a franja da névoa me envolve sombria

eu, demente, na solidão doída medonha

nos emaranhados de sombras que a saudade vigia.

Eu! Oh! Deus quem sou eu? - Não sei! Esse ser nem existe,

é um fantasma opaco carente, um pobre ente, doentio.

Vivendo a noite, dormindo o dia, na voz do medo tristonha,

embaralhada em fio de esperança morta perdida no vazio.

E vem a noite morre o dia, o sol se põe,

outra noite vem, mais uma, mais uma...

meu coração no castelo de fumo das ilusões

perdidas, revê lembranças, que os olhos d'alma exuma.

Cumpro o castigo ao viver enlouquecida,

o que eu quis é o que eu tenho. Amor por toda vida,

amor é rosa e rosa tem espinhos, e nos mistérios

de amar em seus caminhos, amo... Amo só, esquecida.

Lakshmi

(L.T.)

Laskhmi á Deusa
Enviado por Laskhmi á Deusa em 22/03/2013
Código do texto: T4202861
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