INSTANTES
Na desconstrução do aspecto do arquétipo
Penetro o que existe em mim de mais diletante
E descortino tridimensionais paradigmas íntimos
Onde meu ser está em ti plenamente consubstanciado
Sou transeunte de mundos solidamente imaginários
Onde sou por tua feminina essência acendrado
Tentando decifrar teus instantes consentâneos
Amalgamando todos os elos que nos prendem
Para tocar uma ínfima parte de tua abrangência
Urge que eu transponha tudo o que nos limite
Não tema as amarras urdidas pelos descaminhos
Movido que sou pela ascensão de teu hipnótico olhar
Que tenho como farol a guiar-me pelas vagas da solidão
E que às vezes torna-me prazerosamente um nefelibata
Que aceita um amplexo de indecifráveis vicissitudes
Que adormece sob a relva de tua indelével presença
Para amanhecer sobre os jardins de teus penetrantes aromas
Onde toco avidamente tua mais voluptuosa pétala
Transmuto-me em colibri para beber de tua íntima seiva
Para sentir o extremo êxtase de teu mais carnal prazer
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