A dor do teu silêncio

Em minhas veias ainda corre

um pouco do teu sangue.

A dor do teu silêncio sangra

a ferida não cicatrizada e na

tortura das horas nada sei de ti.

A angústia devora minhas vontades

e em noites insones sou náufrago de

palavras não ditas.

Tudo ao meu redor é silêncio

e no descompasso do coração o

tempo desperta outra saudade.

Tento dormir, mas um verso aflora

de forma intensa e lasciva.

A Bacante recolhe lágrimas na

taça do esquecimento,

enquanto o Mestre Dissoluto

vaga em outro castelo.

Há cinzas no ruído do relógio,

na velocidade da noite que se esvai,

esgarçada em lamentos.

Resta, em mim,

apenas um sopro de saudade.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 22/03/2013
Código do texto: T4202357
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