Perscruto nas noites...

O tempo pesava em seus olhos,

Via em suas pernas tortinhas.

No amasso da pele em seus rosto,

Puía a mãe que era minha.

Sangrava o coração em meu peito,

Não era muito o tempo a sonhar.

Corria o ponteiro das horas,

Esperava o momento chegar.

As vezes revolvia o tempo,

No pasto eu voltava além.

Sentia o cheiro da relva,

Do leite e o café que faz bem.

Então eu ganhava o carinho,

Desse amor tão intenso e leal.

Logo me sentia amado,

Minha mãe no passado é real.

Agora eu perscruto nas noites,

Sondo a Deus pra buscar o carinho.

Vejo agora no afeto materno,

Que meu Deus...me fortalece sozinho.

Eu vislumbro na fenda do tempo,

Se outro amor eu posso comparar.

Mas não há outro amor que me abrace,

Que se doe e me faça acalmar.

Desse amor tão divino....o materno,

Desse amor que se deixa gastar.

Desse amor só se tem num cantinho...

Desse Deus que me quis ensinar.