MATEMÁTICA CORRETA

M A T E M Á T I C A C O R R E T A (reedição)

Com você alcanço as nuvens voando

Independe dos cálculos: dividindo ou multiplicando

Pois saudade e doces momentos são somados

Por isso no amor somos conjugados

Em nós é imensa a promessa

De amor eterno que em nós se processa

Amamo-nos na certeza das juras

Contrasta com a falta de lamúrias

Nosso desejo se anima e se sustenta

Nunca se consome, só aumenta

Ao longe no mar ou no istmo

Até determinando logaritmo

Fidelidade é nosso alimento na equação

Os dois somos um todo, e não uma fração

Um mais um é um, resultado errado

Adoro-te cada dia mais aloprado

Chego a tocar as estrelas no céu

Só o ciúme fica vagando ao léu

Quatro e quatro são iguais

Eu te esquecer: jamais

Cinco vezes um não são seis

Amar-te é a bola da vez

Assim como quatro mais um são cinco

Amo-te com mais afinco

Dois mais um são três

Quero te amar outras vezes

Assim como um mais um são dois

Amo-te agora e amarei depois

A matemática sempre é correta

Minha vida sem você é incompleta

Os números não mentem, minha rainha

Eles atestam que você é só minha

Assim é na soma total

No resto ou no valor abissal

Na geometria das cordenadas

Até na média ponderada

Mulher: meia dúzia não é sena

Mas sua pele é macia e morena

Seus cabelos negros cheiram açucena

Sua fala é aveludada e serena

Seus lábios me deleitam quando a beijo

Seu colo acende meu fogo quando o vejo

Você é minha pedra noventa

Como vinte mais trinta são cinqüenta

Como dez elevado a terceira são mil

Venero seus olhos azuis como anil

Zero dividido por zero é impossível

Você fazendo parte de mim é exeqüível

Sinto-me absolutamente satisfeito

O amor que me entretém é perfeito

Somos um casal de vivência metódica

Tal qual uma dízima periódica

Namoramos sem seno nem secante

Envolve-nos uma confiança aconchegante

As traições e choros jogamos em abismos

No nosso amor tudo é como os algarismos

Sete menos sete é um. Errei!

Querendo ou não sempre te amarei

Nove mais um igual a oito. Não!

Sua morada é no meu coração

Um, dois, três, quatro... na seqüência

Amo-te sem nenhuma interferência

Nove, oito, sete, seis... é decrescente

Adorarei-te constantemente

Conosco não é oito, é oitenta

Nada merece cuidado nem nos atormenta

No amor, incógnita é nosso cognome

Assim, mesmo calado grito seu nome

Você estará sempre na minha mente

Como o arco sempre estará para tangente

EU e VOCÊ somos o total da somatória

VOCÊ e EU: somos a estatística da história

A L E 1 X ® (julho/1979)

HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Numa matemática dum amor

Provou que quando o amor grita entre um eu e um você há soma

Tem como produto a felicidade

Aqui um você escreveu

Cheia a transbordar em amor

E outro eu vim a somar num compartilhar

Sentindo o produto dessa soma

Num mais lindo brilhar

Resultado da matamática dum puro amar

Poxa tua inspiração me conduziu

Interação do POETA JOSÉ

Obrigado amigo!

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 21/03/2013
Reeditado em 25/03/2013
Código do texto: T4199956
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