IMPERATIVO
De repente, como em um
passe de mágica, o que
habitava preso na garganta,
acabou libertando-se e o
reflexo quando disse EU TE AMO,
só se fez sentir no meu abandono
Que pena, só eu ouvi,
só eu convivi com a
realidade desse sentimento e assim,
adormeci seduzido pelo meu sofrimento
Nada mais resta de um sonho
tudo terminou, evaporou-se no tempo
só a lembrança permaneceu no
cenário desse espetáculo,
com suas cenas ridículas repletas de máculas.
No desenvolver dessa melancolia,
apresentando sintomas de saudades,
senti o respingar de gotículas de lágrimas,
enviadas pelas estrelas que
acompanharam meu desamor.
De nada adiantou libertar
meu entalado grito na
tentativa de reunir os cacos
do que foi desfeito e aí,
o nada permaneceu eleito,
e a solidão, verdeiro
impertativo no vazio de meu leito