IMPERATIVO

De repente, como em um

passe de mágica, o que

habitava preso na garganta,

acabou libertando-se e o

reflexo quando disse EU TE AMO,

só se fez sentir no meu abandono

Que pena, só eu ouvi,

só eu convivi com a

realidade desse sentimento e assim,

adormeci seduzido pelo meu sofrimento

Nada mais resta de um sonho

tudo terminou, evaporou-se no tempo

só a lembrança permaneceu no

cenário desse espetáculo,

com suas cenas ridículas repletas de máculas.

No desenvolver dessa melancolia,

apresentando sintomas de saudades,

senti o respingar de gotículas de lágrimas,

enviadas pelas estrelas que

acompanharam meu desamor.

De nada adiantou libertar

meu entalado grito na

tentativa de reunir os cacos

do que foi desfeito e aí,

o nada permaneceu eleito,

e a solidão, verdeiro

impertativo no vazio de meu leito

Wil
Enviado por Wil em 20/03/2007
Código do texto: T419974