"De lua."
Quando a lua está cheia, cheia de olhar nossos beijos, devemos apelar para o pôr-do-sol, mas ele se vai em instantes, apressado para beijar o céu atrás do horizonte. Então sobra a lua minguante, cheia de míngua, olhando nossas línguas se tocarem no instante. Depois vem a lua crescente, meio adolescente, não pode ver o que a gente faz, mas, recentemente, esses adolescentes sabem mais do que a gente, então tanto faz. Talvez devêssemos esperar a lua nova, testemunha da prova que te tenho, que mereço te provar na eternidade no amor efêmero. Se o céu estiver nublado, distraindo o dia ou a noite, devemos nos apressar pois a saliva da chuva vai chegar. Se ocorrer um eclipse, quando o Sol vira elipse na conversa entre Lua e Terra, ou vice-versa, devemos apenas verbalizar,viajando na conjugação do verbo beijar.