INDECISÃO
INDECISÃO
Talvez te ame, talvez não
Não sei o que diz o coração
Um turbilhão se espraia
Tal qual tsunami na praia
É desejo, é paixão
É uma incógnita, indecisão
Um louco redemoinho
Que toma conta do ninho
Penso no teu corpo
Preso ao meu
Num corpo a corpo
Num apogeu
E a chama se espalha
Tal qual numa fornalha
Tudo perde o sentido
Nada é contido
Contudo no refregar do desejo
Vez por outra surge um lampejo
E a razão diz
Que ali não está a futura matriz
É só êxtase, isento de razão
Amor de uma só estação
Uma tela sem pintura
Só moldura
E quando o fogo aplacar
E a rotina chegar
Não haverá união
Morrerá o tesão
Esse amor paixão é só carne
Não há compromisso
No desencarne
O amor será sumiço
Com permisso vou embora
Deixo-te agora
Vou a busca do amor
Do suor e da flor