INDECISÃO

INDECISÃO

Talvez te ame, talvez não

Não sei o que diz o coração

Um turbilhão se espraia

Tal qual tsunami na praia

É desejo, é paixão

É uma incógnita, indecisão

Um louco redemoinho

Que toma conta do ninho

Penso no teu corpo

Preso ao meu

Num corpo a corpo

Num apogeu

E a chama se espalha

Tal qual numa fornalha

Tudo perde o sentido

Nada é contido

Contudo no refregar do desejo

Vez por outra surge um lampejo

E a razão diz

Que ali não está a futura matriz

É só êxtase, isento de razão

Amor de uma só estação

Uma tela sem pintura

Só moldura

E quando o fogo aplacar

E a rotina chegar

Não haverá união

Morrerá o tesão

Esse amor paixão é só carne

Não há compromisso

No desencarne

O amor será sumiço

Com permisso vou embora

Deixo-te agora

Vou a busca do amor

Do suor e da flor

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 19/03/2013
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