A RETINA DO AMOR.
Por Carlos Sena
Hoje a poesia se perde
Nas letras mortas.
Há sede em cada pote
Há rede em cada mote
Para o embalo da vida
Que se perde de sul a norte.
Gosto de olhar semblante leve
Pois se breve é a vida para que eu sofra,
Longe é a vida que o amor me deve.
No primeiro ato do amor me parto.
No primeiro parto do amor, desacato.
No segundo ato do amor, rotina.
No primeiro piscar de olhos do amor, retina.