Ela me chama.
E essa voz interna que grita sobre meus escombros. Ela me chama.
Talvez eu use o método de sedona e liberte meus braços para poder me guiar. Talvez eu entre em seus braços, entre em seu silêncio.
A cada passo que dou neste deserto sinto a fadiga e a falta de hidratação. Dê-me a água do seu corpo. Sabia que possuímos entre setenta porcento de água em nossos corpos.
Então, você pode ser a cachoeira onde eu posso mergulhar e me libertar.
Deixe-me deslizar pela sua corrente sanguínea até chegar em seu coração, pois é lá que eu quero me aprofundar.
E, se eu pular dessa ponte chamada “ amor”, você corresponde? Pula comigo?
Despencaria nesse martírio, mesmo sem ter a consciência do amanhã?
Esperaria a lua cheia, mesmo sem saber se hoje seria o seu dia. Esperaria o pôr-do-sol sem saber se teria um nascer. Renato F. Marques