Nossa Solidão

Flores na janela...

Lá fora, a noite sorri, caminha

Ao ventar da brisa a favor do amor

Já perpetuo entre os lençóis, és o sóis,

Dentre os sóis a brilhar, a bailar... Orar!

Como uma lágrima na face,

Toca o mosaico multicor a seda alva,

Palavra desnuda que conforta o peito,

Alenta o silêncio, desprende-se ao êxtase,

Faz-se, mistério da quase madrugada!

Da poesia... Verte magia!

Um lugar ao âmago, apreço ao sentir

Verso nu ao colo despido, lábios em elegia,

Pele, magno desejo... Luzes a sonata,

Multiplicando beijos, arrebata seja a solidão!

Ah! Solidão... A nossa solidão!

Jamais deserto seja o ninho paixão,

D’onde teu corpo esvoaçou da melancolia,

Emergiu na divindade do gozo, alegro

Sentimento pulsante, prole pranto,

Anil do olhar, luar testemunha a sonhar!

16/03/2013

Porto Alegre - RS