NAUFRÁGIO...
O tempo o enganou
Pobre Escobar
E mesmo com errante astúcia
Não foi pário para o mar
A pobre e linda princesa
A pouca sorte preveu
E alucinada da morte
Jogou-se ao mar e morreu
Escobar, por um instante
Viu-se nas garras do amor
Suplicou, porém, em vão
Esbravejante é a dor
E no passado do guerreiro
A pobre donzela surgiu
Viu seus olhos, seu sorriso
O naufrágio lhe feriu
Pobre Escobar
Que agora salvo e seguro
Produz sentimento impuro
Sobre as ondas do além mar
Vive em profunda tristeza
Talvez até sofreguidão
E lembra da rara beleza
Levou o mar, seu coração