O Preto Velho...
Na fazenda Batatais
Onde meu avô vivia
Época em que os colonos gozavam
De fartura e regalia
Mas tudo que é bom se acaba
Até a vida que Deus nos deu um dia
Numa tarde de agosto meu avô falecia
Um preto velho chorou na hora que o caixão saía
Era o peão mais antigo
E talvez o mais fiel amigo
O filho logo tomou o lugar do patrão
Herdou tudo menos o bom coração
Mandou chamar o preto velho
E falou sem compaixão
Preciso de gente nova
Para cuidar da plantação
Seu serviço pra mim não tem mais valia
Vou mandar providenciar sua aposentadoria
Numa velha mangueira o preto velho encostou
Todo o seu passado ali ele relembrou
Como era dura a dor da ingratidão
Depois de uma vida de dedicação
O estalo na porteira nesse momento ele ouviu
Um boi furioso e desgarrado surgiu
A filha do fazendeiro brincava ali entretida
Ainda criança não conhecia os perigos da vida
O preto velho saiu correndo com suas pernas enfraquecidas
Parou na frente do boi arriscando a própia vida
Nessa hora o boi sem piedade investiu
E o preto velho sobre a menina caiu
O fazendeiro saiu de casa aos berros
Matou o boi furioso com cinco azeitonas de ferro
Quando viu a filha intocada ali no chão
Ajoelhou e ao preto velho chorando pediu perdão
O velho já enfraquecido demais
Pediu num fio de voz
Não chore meu jovem rapaz
Jesus cuida bem de nós
Soberba nessa vida não vale a pena
Salvei sua filha
Porque quero que que ela se transforme numa digna morena
Minha missão aqui nesse mundo já terminou
Com carinho a menina ele abraçou
O preto velho vai morar com Deus lá no céu
Mais quero que você nunca se esqueça menina Raquel
Deixo para você minha viola
Como recordação
Crescerá para ensinar ao seu pai
Honra e glória
E a beleza de ter um bom coração...
Na fazenda Batatais
Onde meu avô vivia
Época em que os colonos gozavam
De fartura e regalia
Mas tudo que é bom se acaba
Até a vida que Deus nos deu um dia
Numa tarde de agosto meu avô falecia
Um preto velho chorou na hora que o caixão saía
Era o peão mais antigo
E talvez o mais fiel amigo
O filho logo tomou o lugar do patrão
Herdou tudo menos o bom coração
Mandou chamar o preto velho
E falou sem compaixão
Preciso de gente nova
Para cuidar da plantação
Seu serviço pra mim não tem mais valia
Vou mandar providenciar sua aposentadoria
Numa velha mangueira o preto velho encostou
Todo o seu passado ali ele relembrou
Como era dura a dor da ingratidão
Depois de uma vida de dedicação
O estalo na porteira nesse momento ele ouviu
Um boi furioso e desgarrado surgiu
A filha do fazendeiro brincava ali entretida
Ainda criança não conhecia os perigos da vida
O preto velho saiu correndo com suas pernas enfraquecidas
Parou na frente do boi arriscando a própia vida
Nessa hora o boi sem piedade investiu
E o preto velho sobre a menina caiu
O fazendeiro saiu de casa aos berros
Matou o boi furioso com cinco azeitonas de ferro
Quando viu a filha intocada ali no chão
Ajoelhou e ao preto velho chorando pediu perdão
O velho já enfraquecido demais
Pediu num fio de voz
Não chore meu jovem rapaz
Jesus cuida bem de nós
Soberba nessa vida não vale a pena
Salvei sua filha
Porque quero que que ela se transforme numa digna morena
Minha missão aqui nesse mundo já terminou
Com carinho a menina ele abraçou
O preto velho vai morar com Deus lá no céu
Mais quero que você nunca se esqueça menina Raquel
Deixo para você minha viola
Como recordação
Crescerá para ensinar ao seu pai
Honra e glória
E a beleza de ter um bom coração...