Branca Flor
De que vale calar-me, esconder-me?
O que adianta relutar contra mim mesmo?
Se é amor o que sinto, se nego, minto
Porventura, poderia a ave renegar-se às próprias asas?
De tanto a mudar eu tenho, sei o quanto
Rispidez sei que existem em minhas palavras
Mas se o fiz ou o faço, assim faço porque amo
E de tanto e o quanto, planto em ti tristeza e pranto
Perdão é pouco, sei que mais de mim esperas
Esperas atitudes, e a volta dos bons tempos
Tempos estes que vivíamos a beleza da esperança
Quando semeávamos a profunda beleza do amor
E em nenhum momento, querida minha, o que sinto mudou
Apenas esse sentimento cresceu, exaltou
A saudade que sinto de ti é tão cortante e amarga
Porém, ao mesmo tempo alimenta a esperança minha
Espero pelo dia que a terei nos meus braços, ansioso
Porque a partir desse dia, jamais a deixarei partir
Cuidarei de ti enquanto eu viver, com amor e zelo
Levar-te-ei a uma felicidade nova, nunca dantes vista
Sentarei-a do meu lado e eu ao teu, todos os dias
Beijar-te-ei intensamente, com imensa vontade
A verei adormecer sobre o meu peito, abraçada
E despertarei com seus beijos molhados
Amo cada centímetro teu, cada curva, a pele
Adoro seus olhos, sua cor, seu sorriso tímido, sua voz
Gosto dos teus pés e pernas, braços, âmago
E disso tudo se faz o meu amor, intenso, verdadeiro
Apareceste para mim de forma tão inusitada, surpreendente
E não te vi com meus olhos, ou senti teu toque
A vi com meu coração, e por isso te amo tanto
Da mesma maneira que quero amar-te sempre
Sei que um dia quebrarei tal gelo, e viverei esse amor todo
Na essência de um cheiro tão gostoso vindo te ti
Exalado pelas batidas do seu coração
Minha "Branca Flor", dona do jardim de minh'alma