Tolice
Os tolos! Ah só os tolos é que podem amar!
Não se enganem meus amigos e de fato há fé
Só se ama o inconcebível e aquilo que não é.
Não se pode amar o amigo, nem sequer o desejar!
Ama-se pelo atrito, e pela falta do ar!
É mister disso bem sei, não me agrada o mistério,
Mas quem, eu pergunto, é o rei? Deste ruído império?
Seja a dor convalescente, a definitiva anciã
E que me encontre cruelmente a morte pela manhã!
Quero desfrutar de um destino que não me seja infiel,
E saborear neste caminho, o agridoce e o mel!