À Anônima
À Anônima
De um belo rosto se faz a tela,
De longos fios se orna o belo,
De olhos cálidos, afável ser,
De boca branda, palavras calmas.
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Qual suave vento que canta,
Dela provém tais harmonias.
Se me recordo, deleito a alma,
Se me enlouqueço, recordo a voz.
Qual chama de eterno brilho,
De ardentes sóis se dá o olhar.
Verdade sã que me afaga o ser,
Que me ofusca, mas me conduz.
Qual entrelaço de ramos vivos,
Assim ao corpo seus fios expõe.
Em sonhos meus, rejo-os sutil,
E a cada fio tomo-o por nome.
Qual paisagem forjada ao tempo,
Na tela tece sua formosura,
Entre cores e traços, bela menina,
Entre meninas, mais bela dama.
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