OUTRA VEZ

Outra vez, bate à minha porta esta gostosa sensação...

O mesmo canto, a mesma música que ritma as batidas do meu coração

Ao dançar no compasso dessa repetida canção.

Sei aonde vai dar...

Sei que terá um peso de flor para dois pesos de dor.

Mesmo conhecendo as artimanhas desse velho mago.

Ele me encanta novamente.

Como o canto do canarinho...

Como a beleza das manhãs de primavera...

E o riso de uma criança...

Coisas imutáveis e impagáveis.

Assim é o amor que aflora aonde há terreno fértil

E, constato feliz, que meus dissabores não foram bastante para infertilizar minhas emoções.

Que bom é sentir o desabrochar dessa deliciosa elação,

pois é minha prova maior de que existe superação...

Existe compreensão...

Existe compensação.

E que não importa o tom da canção,

melhor que dançar sozinho

E bailar compassado coração com coração.