De todavia os Versos teus

Sobre a mesa

O relicário guarda a rosa vermelha,

Enquanto das mãos tuas, tuas palavras

Ganham o vento, sóis, luas, na folha vazia

Meus versos...

Por, todavia agora teus avessos!

Segue o pranto

A voz acalantada, o cheiro de bosque,

O prosaico do vinho servido em silêncio,

Na aventurança do corpo...

Trajes de dançar, ali, madrugada...

Pujança das penas!

Ide ao sudeste

Coração da flor, âmago do amor

Ode a musa, beleza mulher,

Que falem pelas cordas da alma,

Toda seda paixão...

Meandros rubros pela sedução!

Vida longa ao bolero

Arrastando-se pelo ninho suave,

No espelho a história contada, refletida,

Raiada em luz, pele explosão,

Teus beijos, aflitos são os desejos...

Uno amar!

Rutilos ao segredo,

Porém, a noite não tem luar!

14/02/2013

Porto Alegre - RS