Um desconfiado desejo da vontade tua
O desejo de poder tocar sua pele
A ânsia do primeiro encontro
Às vezes eu quero sem medida,
Às vezes me pergunto se estou pronto
É certa obsessão por descobrir seu jeito de sentir
É certa vontade de ver tua pele nua
Um querer desconfiado
Um desconfiado desejo da vontade tua
Como será teu primeiro olhar?
Como vai ser teu primeiro beijo?
Que vinho hei de levar?
Que petiscos, azeitonas ou queijo?
Como serão nossos primeiros toques?
E ao despir-se, como será teu corpo nu?
Que cor são seus pelos e qual o cheiro da pele?
Deixa que o momento a tudo revele...
Como será o primeiro olhar?
Há tanto de nós que já sabemos
Será que são intensos seus olhos,
E seus lábios, grandes ou pequenos?
Quero tudo de novo
E nem sequer tivemos a primeira vez
Repetir cada detalhe
Desnudar tua alma mais que sua tez
Perdoe esse poeta que contigo se encanta
Meus versos são fragmentos de minha alma
Que de desejo teus trejeitos adianta
Perdoe essa insensatez de menino
Que ao escrever se pega sorrindo
Sentindo nos lábios o toque dos lábios teus