Nunca foi, se foi
A saudade que bate
No peito invade
E fode, e arde
Me mata, maltrata
Aos poucos, lasca
E choro, e sinto
Com o coração
Com o meu pinto
E bato, maltrato
E sofro, me rogo
Pensando, prorrogo
E te vejo, na mente
A gente, nem sente
A dor, a falta
Que salta, incauta
E arde, e dói
Me corrói
Me mutila
Montila
Limão e mel
Bebida e o céu
Dos sozinhos
Dos sem ninho
Sem concha, sem minha
Cadê a conchinha?
E o amor, sem dor
Sumiu o pudor
Cadê então ela
Cadela, amante
Nunca foi, se foi
E acordo, sonolento
De pé, pra encarar
Um novo sofrimento