Lar
Há dor neste pedaço de papel
te descrever é tão cruel, sentir teu pranto
por ser agora o teu encanto. E ser esta dor
em que eu esbarro
em meio à tênue fumaça de cigarro
mas ninguém fuma
E não há dor alguma.
Talvez apenas nostalgia
acentuada pelo gosto da cafeina
mas ninguém toma café.
Talvez com fé, um arremedo de poesia
talvez um lar
Talvez a verdade nua e fria
em minha casa vazia
em minha sala sombria
apenas uma cadeira
vazia
E eu em pé!