Culpas de amor
Nasce a paixão e o desejo, ao primeiro olhar,
O amor nunca nasce, nem nada faz por nascer,
O amor constrói-se, faz-se crescer.
Estranhos tempos estes,
Onde se esgota um amor, sem nunca talvez ter começado,
Por alguém, incomodado porque se sente em demasia amado.
Que importância tem um filho que se diz amar,
Por um dos pais, que teima em si primeiro pensar.
Quando nada de extremo existe para levar ao finalizar.
Estranho tempo estes,
Onde a separação é a solução primeira,
A situação mais cobarde e de todo, a menos verdadeira
Não me venham dizer,
Que melhor é separar, que antes mal se dar,
Melhor mesmo, é amar no bom e no mau sem nunca intentar julgar.
Estranhos tempos estes,
Onde os valores que antes existiam, amar sem fins materiais,
São desvalores hoje em dia, em dia de julgamentos finais.
Eduardo Jorge 2007-03-19