REPENTINA
Tu me chegaste assim,
Sem um aviso, sutil
Um leve olhar,
Um breve roçar
De ombros e roupas
Palavras poucas,
Ditas ao acaso.
Um sorriso largo,
me fez, no entanto,
Te procurar...
E entre nós
O amor se fez
Assim, de repente,
Magicamente... de vez
E eu te cavalguei silente
Nas plagas do amor bravio
Selvagem égua-menina
Potranca feita no cio.
E na planície do amor
Serpenteei meus caminhos
Molhei meu corpo no orvalho
Que brotou dos teus carinhos
Mas, o vento do amor
Que, tão veloz, nos uniu
Transformou-se em tempestade
E, como veio, partiu
E assim ficamos nós...
Separados como folhas
Jogadas ao fim da tarde...
Varridas...
Arrancadas...
Desunidas...