REPENTINA

Tu me chegaste assim,

Sem um aviso, sutil

Um leve olhar,

Um breve roçar

De ombros e roupas

Palavras poucas,

Ditas ao acaso.

Um sorriso largo,

me fez, no entanto,

Te procurar...

E entre nós

O amor se fez

Assim, de repente,

Magicamente... de vez

E eu te cavalguei silente

Nas plagas do amor bravio

Selvagem égua-menina

Potranca feita no cio.

E na planície do amor

Serpenteei meus caminhos

Molhei meu corpo no orvalho

Que brotou dos teus carinhos

Mas, o vento do amor

Que, tão veloz, nos uniu

Transformou-se em tempestade

E, como veio, partiu

E assim ficamos nós...

Separados como folhas

Jogadas ao fim da tarde...

Varridas...

Arrancadas...

Desunidas...

JCMARINHO
Enviado por JCMARINHO em 19/03/2007
Código do texto: T418351