Oba-oba! Chegou o meu amor


Abro o livro e vejo o seu nome vivo,
É o albor da vida e ida que me atina,
Lá dentro do alcácer das permissões,
Talvez abstratas nas belas meditações,
Apreço medido ou compêndio de ações,
É você. Simplesmente você quer me ver,
Na frincha das minhas serenatas ternas,
Oba-oba! Eu também quero muito vê-la,
Desfilando nestas linhas somente minha,
Com o meu oboé, eu serei o teu oboísta,
Tabulando nos seus sonhos, sou passista,
Agitando com você em todo o amanhecer,
Eu tenho e venho abrir a mais linda flor,
Ternura granular invisível, mas, acessível,
Que eclode no paladar no meio para cantar,
A distância que não me separa e ampara,
Quando eu vejo o tempo e o tempo me ver,
Escrevendo estes sinais gráficos de ilusões,
Fantasias da aurora quiçá meras utopias,
Miragens absolutas de crer e apenas viver,
Oba-oba! Eu também quero muito vê-la,
Desfilando nestas linhas somente minha,
Esse letramento capaz de registrar tudo,
Até mesmo a conveniente criação poética,
Da ternura granular invisível, mas, acessível,
Lá dentro do alcácer das permissões calhadas,
E será fruto do fazer do universo, eu te querer,
Assim como adoro, o sol, o mar, a lua toda nua,
Nada me desvirtua, porém, (re)torce em tê-la,
Nas fantasias da aurora quiçá em meras utopias,
Because a vida é tudo o que vibra tão sozinho,
No todo cósmico ninho sem que eu adivinho,
Até mesmo um asteroide sem vida viaja sozinho,
Suplanta dimensões talvez ignoradas do além,
Por isso, eu abro o livro e vejo o seu nome vivo,
Estrela faiscante para mim é flor do meu jardim,
Nesta manhã de completo silêncio dentro de mim.



Video:
http://www.youtube.com/watch?v=oaOyoVS-IAI


ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 10/03/2013
Código do texto: T4180657
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