Flechada de amor


O ocaso saboreia os meus olhos,
Derrama pingos do amanhecer,
Nas laterais da ventania,
Sacudindo o panorama,
Para apenas um sol nascer.

Eu sinto este presente correr,
Atraindo o sossego da alma,
Nas laterais da ventania,
É a minha cercania,
Sacudindo o panorama para ser.

A mais extrema fantasia,
Vestida nas laterais da ventania,
Sem agonia, nada me encrespa,
Abeirar o raio da coerência,
Trazendo os alvitres como ciência.

É por isso que eu noto este presente percorrer,
A musa nas minhas duas janelas no lusco-fusco,
Interior fantástico da primazia que me contagia,
Em pedaços que junto na mais perfeita observação,
Confinando as ingenuidades do amatório delirante.

Eu creio, ateio brasas nesse amor de olhos vendados,
Abro o meu arco e atiro a flecha na direção daquela lua,
Não posso errar. Eu vou erradicar no centro do espírito,
A vogal da vida que faz dela a magia com a minha alegria,
Aonde estiveres o teu coração irá agitar a paixão por mim.

Se houver desacerto. O sol não nascerá em todas as manhãs,
O meu Eros inundará os olhos do gênio por todas as temporadas,
Nem as flores não terão fragrâncias e matizes para ornamentar,
Sem agonia, não me encrespa abeirar todo o raio da coerência,
Antes de lançar a flecha, venha logo e faça da existência um hino,
É mais fácil fazer o liame afetuoso do que gritar amor sem conexão.


Vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=u-JVcstD6Uc



ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 10/03/2013
Código do texto: T4180583
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