Dèjávu Amor
Já anoitecia
Quando aquele realejo trouxe-me
Ao encontro dos meus instrumentos,
Peças simples de etérea beleza,
Condutoras do amor!
Seda longa de dançar
E a noite caminhando feito criança,
Pela vontade de rodar e rodar
Entregando-se as quadraturas,
Ao alinhamento das estrelas... Déjàvu!
Lábios em sofreguidão,
O corpo desnuda-se em devaneios
Herdados do silêncio, da própria solidão
Una e absoluta, solta aos abraços,
Feito a madrugada caindo sobre os lençóis!
Olhares pela ebulição,
A opereta evolui pelo andamento
Das peles em tons maiores bemóis,
A dona das cores, das insanas dores,
Orbe aos ósculos de amar e amar!
O pôr é do luar,
O amanhecer do teu olhar
E as telas alvas a paixão pintou!
09/03/2013
Porto Alegre - RS