Ode á dourada mineira

Zombam , quanto zombam ... Estando em um palco.

Eles olham de cima, como deuses que vigiam, nós, reles mortais...

E quando percebem que estão sendo reverenciados por tão jovem mulher totalmente hipnotizada pelos seus poderes de sedução, todos descem de seus pedestais e se rendem

aos caprichos da bela morena pacata, típica do interior de Minas.

Mulher-poesia de predicados infinitos e idealizados.

Como se as montanhas morassem em suas curvas ou vice e versa.

Como se a lua morasse em seu sorriso,

como se o milagre doce da gabiroba nascesse da sua boca.

Sim... era a musa de todos os sonhos de menino... Dourada perfeição! Olhos de jabuticaba madura que prendiam as atenções do mundo inteiro, do mundo interno, completamente inverso do inverno.

Quente Ser cheio de braços e abraços que faziam convites para bailar uma lindíssima valsa digna de Strauss.

Realidade comum para tão musicais realezas,

mas apenas sonhos para uma menina.

Uma noite, que virou historia.

Uma sinfonia que já rege o passado.

Eles já se foram...

Sobrou apenas a mulher ainda perfumada com sua juventude

tentando reviver momentos felizes,

sozinha no interior das Minas Gerais.

Ranyelle Augusta
Enviado por Ranyelle Augusta em 08/03/2013
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T4177511
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