Estrelas e o Mar

No mar em que

eu pescava as Estrelas

e pecava ao perdê-las,

agora existe um labirinto

onde as virgens esperanças,

findam-se em brancas danças.

Resta raivoso,

o espumoso Netuno.

Monstro soturno

a calar o Canto de longe

do Santo Monge.

São omissas,

as Sacras premissas

e se perdem nas tortas vias

as certezas vazias.

Resta o fero covil,

a porta que não se abriu,

a amada que partiu

e a lembrança do sonho

que ninguém mais viu.

Dedicado às musas de todos os poetas. Especialmente à Cristina de Almeida Rodrigues.