Soneto à fruta-mel
A mulher a quem presto esta homenagem
É uma fruta suculenta e apetitosa
Que amadurece, doce e dadivosa,
Bem situada no amor camaradagem.
Quando chegar o tempo de estiagem
Em que a fruta não se exiba tão formosa,
Arrebatados pela força caudalosa
Do eterno amor, manteremos a ramagem
Do afeto mútuo que nos mantém unidos,
Dois animais sem culpas, sem pudores,
A extrair da vida a seiva pura.
De sentimentos jamais adormecidos
Desenharemos os quadros multicores
Com tintas frescas de zelo e de ternura.
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