VIDA DE PAIXÃO AOS VENTOS
Acorda-me o horizonte das palavras
Vitoriosa nesta renitente espera
De ouvir-te, quiçá, um som, uma reza...
Detenho o vislumbrar do teu alfabeto
Nesse idioma amoroso que trazes, quem sabe, na boca
Acalentando a confissão numa jura louca
Despido de qualquer pudor, qualquer covardia
Percebo o desenhar das sílabas apaixonadas
Sinto na derme o som que anseio
Entre um passo, um verso e um olhar
Dois corações unificam-se em poesia
Transcendendo a beleza do luar
Transformando noite em dia
Visão borrada de todas as coisas
Aquarela monocromática
Pego meus despojos e minha concha
Não é o rugir do tigre pelas brenhas
Não é o bater das ondas na enseada
Nem os pássaros perfurando a madrugada
São nossas vidas nos ventos
Embrenhadas no Universo
Transcendendo limites
Embriagadas de vontades
Confundem as ideias
Tornando-as num furacão de sentidos
Consumido e consumado, êxtases
No prazer de primeiro amar acordado
Em plena vigília da carne
A mesma ambiguidade
Sonhar, amar e dormir juntos
Amar e acordar, juntos
Então, amar e morrer de amor juntos
É que na vida há momentos únicos
Dos que se gostam muito
Que não cabem num só corpo
Transbordam os poros da noite e dia
E pedem cumplicidade
Os pássaros não mais perfuram a madrugada
Diante da visão de nós dois, voaram num pouso certeiro
Até as terras coloridas da China
Acorda-me o horizonte das palavras
Vitoriosa nesta renitente espera
De ouvir-te, quiçá, um som, uma reza...
Detenho o vislumbrar do teu alfabeto
Nesse idioma amoroso que trazes, quem sabe, na boca
Acalentando a confissão numa jura louca
Despido de qualquer pudor, qualquer covardia
Percebo o desenhar das sílabas apaixonadas
Sinto na derme o som que anseio
Entre um passo, um verso e um olhar
Dois corações unificam-se em poesia
Transcendendo a beleza do luar
Transformando noite em dia
Visão borrada de todas as coisas
Aquarela monocromática
Pego meus despojos e minha concha
Não é o rugir do tigre pelas brenhas
Não é o bater das ondas na enseada
Nem os pássaros perfurando a madrugada
São nossas vidas nos ventos
Embrenhadas no Universo
Transcendendo limites
Embriagadas de vontades
Confundem as ideias
Tornando-as num furacão de sentidos
Consumido e consumado, êxtases
No prazer de primeiro amar acordado
Em plena vigília da carne
A mesma ambiguidade
Sonhar, amar e dormir juntos
Amar e acordar, juntos
Então, amar e morrer de amor juntos
É que na vida há momentos únicos
Dos que se gostam muito
Que não cabem num só corpo
Transbordam os poros da noite e dia
E pedem cumplicidade
Os pássaros não mais perfuram a madrugada
Diante da visão de nós dois, voaram num pouso certeiro
Até as terras coloridas da China