À DERIVA
Queima arde no peito
Qual faca de agudo fio
Fere o romance desfeito
É barco perdido no leito do rio
Sem um porto seguro para ancorar
Dentro dele um náufrago com frio
Com fome de amore para aplacar
Segue a deriva ao sabor do vento
Os olhos tristes a lacrimejar
Quem sabe logo chegue o tempo
De sua triste sorte mudar
Acabando então os lamentos
Quando por fim reencontrar
O tesouro que na vida perdeu
O simples e belo ato de AMAR