O AMOR QUE ME TRANSBORDA
Penso que no amor não há completude,
Sou completa, quero que o amor me transborde,
Não preciso de metade sou inteira plena,
O amor deve jorrar como a cachoeira,
Correnteza que não segura à vazão,
Se o amor for embora fico completa,
Só deixo de estar transbordando,
Precisar da outra metade para complemento,
Equivale ao desalinho no alinhamento do tempo,
Perco o norte, desnorteada perco o chão,
Na minha completude você me transborda,
Como a enchente enamorada na inundação,
Quero um dilúvio de amor todos os dias,
Se continuar navegarei na alegria,
Se dilúvio passar desço em terra firme,
Na nascente o rio corre sereno transparente,
Águas que segue sua correnteza natural,
O amor alaga a alma, cria uma inundação,
No coração encharcado de emoção.