O AMOR QUE ME TRANSBORDA

Penso que no amor não há completude,

Sou completa, quero que o amor me transborde,

Não preciso de metade sou inteira plena,

O amor deve jorrar como a cachoeira,

Correnteza que não segura à vazão,

Se o amor for embora fico completa,

Só deixo de estar transbordando,

Precisar da outra metade para complemento,

Equivale ao desalinho no alinhamento do tempo,

Perco o norte, desnorteada perco o chão,

Na minha completude você me transborda,

Como a enchente enamorada na inundação,

Quero um dilúvio de amor todos os dias,

Se continuar navegarei na alegria,

Se dilúvio passar desço em terra firme,

Na nascente o rio corre sereno transparente,

Águas que segue sua correnteza natural,

O amor alaga a alma, cria uma inundação,

No coração encharcado de emoção.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 07/03/2013
Reeditado em 23/04/2013
Código do texto: T4175305
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