Quase Outono
E lá vem o outono,
Divagando e descendo
Por passeios e canteiros,
Nutrindo de dourado a saudade
Calada n’alma... Infinda nostalgia!
Já ouço de vento
A melodia das folhas secas,
Brincando com os caules
Criando d’onde passas tu
Um bailado até o amor!
No céu as estrela
Reinventam o estrelar,
Em cada quadratura um verso apaixonado,
Içar ao brilho prosaico da senhora da noite
Onipotente ao teu olhar de mulher!
Gostaria que estivesse aqui,
Sentindo o outonal dos ipês,
Dos jardins enfeitando os passos teus
Até o beijo, até o clímax da nudez
Sob os lençóis e a luz fraca em etéreo torpor!
Ao despertar do dia,
O café da manhã, mais um morango,
Mais uma viagem pelo firmamento,
O teu doce firmamento!
05/03/2013
Porto Alegre - RS