Outro poema cotidiano
Vi um beija-flor pousar no ramo da
cerejeira e em teus olhos o resquício
de alguma saudade.
Era fria a manhã.
Nem parecia primavera e meus passos,
indecisos, iam em tua direção.
Fui apanhando, pelo caminho,
retalhos de sentimentos, o laço tênue
que ainda sustentava o amor.
Seria tudo em vão?
Na cerejeira, ainda o beija-flor.
Aqui, apenas outro poema cotidiano.