AMOR AO POR DO SOL

RUBIÁCEO OCASO

Jorge Linhaça

No tinto céu de rubros matizes

se oculta Hélio em repouso

num eclodir de cores mavioso

a prometer outros dias felizes.

O ocaso traz a alma inquieta

a sensação de um fim eminente

Já na alma que é mais contente

a esperança do porvir desperta

Poente sol em declínio do dia

quem dera minha alma entender

os rubros nuances de tua utopia

Pudesse no céu também esconder

os liames da minha agonia

até a hora do meu renascer