Efêmero
Autor: Daniel Fiúza
18/03/2007
Não me olhe como presa
nem me fale como o mar
eu sou livre como o vento
e o meu cantar é cigano.
Já estive em teus braços
em momentos passageiros
quando me deixei prender
carente e fragilizado.
Não pertenço a ninguém
dou meu amor a quem quero
Pra alguém que me conquiste
e penetre nos meus sonhos.
Meus prazeres são efêmeros
em instantes eternos
minha corrente de carinho
muda sempre de direção.
Não se apaixone por mim
fuja do meu corpo quente
meu amor é passageiro
e some como sal na água.
Sou tal qual um entardecer
sumindo no horizonte,
Parto junto com a noite
misterioso como a madrugada.