Uma súplica à tua presença.

Tô sabendo que tu vais embora,

isso não é surpresa,

vais entrar no avião e voltar,

assim, sem beijo de despedida,

nem uma massagem a mais…

Eu sei que tu tem de ir,

mas é o seguinte:

tu já me faz falta.

Não to de veadagem não.

Eu bem que queria estar se tu queres saber.

Então eu te peço com toda inocência:

não voa não, vai..

Foge comigo pra não importa aonde,

uma praia,

sei lá,

criar nossos sonhos a beira-mar,

baseados em sol,

novos baianos e

sexo matinal,

mas não voa não.

Se for viajar,

que seja na minha casa

ou para a minha casa.

Essa ideia de ir,

deixa pra lá,

deixa bem longe;

fora de vista.

Se tu ficares sem casa,

te dou meu peito pra usares como travesseiro,

não tem problema,

se tu tiveres frio,

encosta teus pés nos meus,

me abraça e não solta,

mas não voa não, vai...