Na ponta dos pés

levemente os olhos levam o desenho

os olhos absorvem aos sorvos tua seiva

uma selva

apenas acena com pálpebras no rodopiar dos sentidos

nos estalos dos lábios um choque do toque dos olhos

numa flor,meu corpo

o corpo o gosto

imprime sublimes afagos de aromas

mas sobe sob espinha e espalha

na dança dos cabelos exalam

la no ponto um conto de valor

suavizar calor

os contornos

milimétricos deslizam

pausa

as músicas do silêncio