Um amanhã
Um amanhã
Pode ser que haja um amanhã
Se houver um amanhã o que há de ser ele?
Minhas mãos não conseguem visualizar
Meus olhos não conseguem sentir.
Haverá rosas ou jardins?
Palavras, que palavras sentir?
Pode ser haja um amanhã sem dor!
Pode ser que haja vida, amor-voo de beija-flor.
Passos incerta em desertos sem cor.
Haverá de ter haverá de ser?
É chegada a hora.
Pode ser que não haja um amanhã
Se não houver como há de ser ele?
Sem esperanças, sem risos sem cores.
Sem amores para sentir?
Sem palavras pra ouvir o que foi dito ao largo infinito.
Assim como meu peito que não consigo entender direito
Se a vida me escapa pelas mãos e o tempo não consigo segurar.
Se a porta está entreaberta clarão da solidão rua deserta.
Pode ser que haja um amanhã!
E com ele um jardim em flor.
Minha esperança se perde no caminho rasgada de espinhos.
Abandono desilusão e dor.
Perco-me pela vida entre uma rosa um jardim e um amor.
Na esperança que haja um amanhã cheio de ilusões como nau no oceano.
Amantino Silva 06/11/2012