Passageiro do amor
É madrugada, a cidade agora está deserta...
As luzes parecem chorar a ausência de alguém
Também aperta em meu peito saudade dos ancestrais
Que essa cidade construíram há muito tempo atrás
A solidão agora é meu maior castigo
Refresco meu olhar em rios de seres selvagens
Caminho sobre a lisa pedra do perigo
Sob olhares tranqüilos de belos animais.
Mas todo o esforço é pelo amor
Que trago incrustado nesse peito meu
Quem teria construído essa cidade?
Que na verdade nunca me pertenceu.
Ruas estreitas o ônibus vai cortando bem devagar
Deixando para trás poeira que não se pode ver
No silêncio total, o amor a nos rodear...
Antes, durante e depois do mais lindo amanhecer.
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