Passageiro do amor

É madrugada, a cidade agora está deserta...

As luzes parecem chorar a ausência de alguém

Também aperta em meu peito saudade dos ancestrais

Que essa cidade construíram há muito tempo atrás

A solidão agora é meu maior castigo

Refresco meu olhar em rios de seres selvagens

Caminho sobre a lisa pedra do perigo

Sob olhares tranqüilos de belos animais.

Mas todo o esforço é pelo amor

Que trago incrustado nesse peito meu

Quem teria construído essa cidade?

Que na verdade nunca me pertenceu.

Ruas estreitas o ônibus vai cortando bem devagar

Deixando para trás poeira que não se pode ver

No silêncio total, o amor a nos rodear...

Antes, durante e depois do mais lindo amanhecer.

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R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/03/2007
Reeditado em 18/03/2007
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