O Silêncio em Apelos

Como um solo choroso

Eras tu, naquela noite de lua cheia

Passeando inundada de romantismO,

Em passos etéreos entre os mosaicos

No chão desenhados!

Tênue e tenra,

Era também a lágrima despontando

Melancólica pela face até o lábio

Guardando o beijo... Desperto desejo!

Do olhar... Ah! Do teu olhar

Transcendia em esferas, idílicas matérias

Alusivas a paixão, ao verbo de comungar

Conjugando-se pela alma do outrem!

Da dor... Oh! Dor de amar

Navegante à flor da pele do ser tu,

Em todos os tempos, em todos os ventos

Criando murmúrios, bebendo-te em versos!

De cada pétala um sabor singular,

Na flor por inteira longo como amor!

Chegou a hora de ouvir o silêncio

E debruçar-se em suas metáforas infindas,

Se envolvendo no teor lírico dos apelos

Pairando pelo corpo nu do sentir!

01/03/2013

Porto Alegre - RS