Um do outro

Sinta meu juízo

Minhas pernas grosas

Meu olhar por olhar

Meu defeito mais sombrio

Veja meu lado flamejante

Minha respiração ofegante

Tudo de bom

Que alguém ainda pode oferecer

Sinta minhas palavras secas, fracas, nervosas

Meu jeito arredio

Minhas atitudes francas e sinceras

Sem mostrar nada de diferente

Olha meu ar, minha respiração

Não posso mentir fingir outra coisa

Se não somente o que sinto, vejo, credito

Nunca pode ser mentira

Mesmo sem armas

Estamos armados

Tudo que é real então,

Vira tão pouca coisa

Já sabendo como ajo

Fica somete gestos delicados

De como agi sem ser falsa

De como um dia fomos um sendo do outro.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 01/03/2013
Código do texto: T4166301
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