Um do outro
Sinta meu juízo
Minhas pernas grosas
Meu olhar por olhar
Meu defeito mais sombrio
Veja meu lado flamejante
Minha respiração ofegante
Tudo de bom
Que alguém ainda pode oferecer
Sinta minhas palavras secas, fracas, nervosas
Meu jeito arredio
Minhas atitudes francas e sinceras
Sem mostrar nada de diferente
Olha meu ar, minha respiração
Não posso mentir fingir outra coisa
Se não somente o que sinto, vejo, credito
Nunca pode ser mentira
Mesmo sem armas
Estamos armados
Tudo que é real então,
Vira tão pouca coisa
Já sabendo como ajo
Fica somete gestos delicados
De como agi sem ser falsa
De como um dia fomos um sendo do outro.