Cortejo da alma
Águida Hettwer

O vento ainda cortante dedica-lhe um canto,
Quebrando as manhãs outonais silenciosas
Páginas marcadas desprendem audaciosas,
Na arena da lembrança, doce recanto.


Em poemas que te fiz,
Versei tua imagem, vagando nas rimas,
No improviso a alma chora os sonhos refiz,
Remetendo a tristeza em chuva de lágrimas.


No cortejo da alma, desalinho da palavra,
Emoções escritas ao pé da letra,
Aprisiona-se a alma no enlace propicias
Torneada de carícias.


A alma veste-se de encanto,
Resplandece a tua luz nesse sublime momento
Arrebata-me para dentro de si, como último desejo.


18.03.2007