Poque me tens com tanto ódio?
Porque me tens tanto ódio?
Onde foi que tanto te magoei?
Nas nossas longas conversas na madrugada, quando a ouvia sem julgar-te e sonhava com sua voz quando desligava o telefone?
Nos poemas dirigidos a você, onde expressava todo meu amor, toda minha dor, toda minha felicidade?
Onde foi que tanto te feri?
Nos encontros esperados por dias onde nos amávamos e confessávamos nossas falhas e nossas incertezas, onde nos livrávamos da escravidão da vida real por um momento de lucidez ao amor?
Foi por te amar tanto?
Foi porque não entendi que os pássaros foram feitos pra voar e que poucos como eu vivem em gaiolas para sempre?
Onde foi que eu errei?
Em dar-te o que de melhor eu tinha?
De abrir meu coração para sentir novamente a dor que ainda pulsava, e que agora me consome?
Errei em te querer?
Porque me tens tanto ódio?