COMO NÃO, AFINAL NÃO NOS AMAMOS?
A névoa seca da madrugada, o penetrante
silêncio acompanhados por uma amena
brisa , de repente me vejo como um confidente
de um sentimento incompleto.
Não há tempo preciso, a saudade se faz
presente em qualquer tempo, e daí estreita-me
nos braços a vontade de nosso convívio
fundamentando a descrença na chegada.
Ainda que caminhe nas sendas estreitas
são projetadas por minha mente
a sua imagem sempre alegre e falante,
confesso a minha total carência...
E como não, eu não te amo?
Não desejo eu ouvir o gotejar da
chuva no telhado ao seu lado, e ao seu lado
sentir os motivos dos liames da noite?
Porque não deixamos o amor falar mais alto
por nós, porque ouvirmos o que dizem de quem
nada entendem, porque não captamos a causa real deste
sentimento, porque afinal dividir nosso trilhar
obstando o que é nosso?