Durmo contigo
Apenas a tênue luz do luar
penetra em meu quarto, insinuante.
Movem-se as cortinas
como se dançassem ao som das canções
impregnadas das emoções
que brotam quando penso em ti.
Nos lençóis de minha cama
não é o meu perfume que sinto.
Busco o teu no travesseiro ao lado
que, ajeitado,
está sempre a tua espera.
E nas sombras que se formam,
feiticeiras,
teu vulto se insinua
repleto de magia.
Bola da vez...É nosso o dia!
Reclino minha cabeça
como se fosse em teu peito
e no teu abraço me deleito.
Ouço o pulsar do teu coração
que me diz tanto
quanto os carinhos da tua mão.
Sonhos tão belos
que acontecem no meu sempre,
que se misturam no meu hoje,
e que se perdem no meu eterno amanhã.
Formas que se delineiam
e que passeiam,
flutuando nos meus lençóis de linho.
Enganas-te, querido,
do meu quarto
já és velho conhecido.
Durmo contigo!
SP, 26/09/2003
15:21 horas